Todas as pessoas que gostam de animais têm um amigo inesquecível. Eu
sempre falo do meu cachorro, o Roliço.
Sempre lembrado
pela sua meiguice, sua forma de se aproximar, principalmente quando alguém da família
estava triste. Ele se aproximava e ficava sentado ao nosso lado em silêncio,
como se estivesse entendendo, ou talvez estivesse mesmo, que alguma coisa
estava errada.
Quando estávamos
brincando ou o chamávamos para sair ele vinha fazendo muita festa,
balançando-se todo. Roliço fez parte da nossa vida por 9 anos.
Depois desse tempo o seu organismo foi ficando
debilitado por conta da epilepsia, que ele sofria desde os três anos. O
tratamento controlava os ataques, mas, foi deixando-o debilitado.
Para ele eu dedico esses versos escritos pelo poeta Paulo Odair:
O
meu cachorro
Se o meu cachorro pudesse falar,
Certamente diria: - Toda vez que o vejo,
Ah! Como eu quero lhe abraçar,
Mas quando abano o rabo,
Expresso o sentimento de amor, por você.
Se ele pudesse falar, ainda diria:
- Entenda-me, por favor, não mordo ninguém,
Se for seu amigo, é meu também.
Mas o meu cão não fala.
Quando sente dor, dá um gemido e se cala.
Os seus olhos tristes, fitam a gente.
E não sei o que ele sente.
Meu querido cão, este poema,
Fiquei na dúvida, se faria ou não.
Fiz para você, que já se foi,
E ficou na saudade que trago no coração.