domingo, 23 de março de 2014

Um amigo inesquecível!

         Todas as pessoas que gostam de animais têm um amigo inesquecível. Eu sempre falo do meu cachorro, o Roliço.
           Sempre lembrado pela sua meiguice, sua forma de se aproximar, principalmente quando alguém da família estava triste. Ele se aproximava e ficava sentado ao nosso lado em silêncio, como se estivesse entendendo, ou talvez estivesse mesmo, que alguma coisa estava errada.
           Quando estávamos brincando ou o chamávamos para sair ele vinha fazendo muita festa, balançando-se todo. Roliço fez parte da nossa vida por 9 anos.
         Depois desse tempo o seu organismo foi ficando debilitado por conta da epilepsia, que ele sofria desde os três anos. O tratamento controlava os ataques, mas, foi deixando-o debilitado.
             Para ele eu dedico esses versos escritos pelo poeta Paulo Odair:

             

O meu cachorro
Se o meu cachorro pudesse falar,
Certamente diria: - Toda vez que o vejo,
Ah! Como eu quero lhe abraçar,
Mas quando abano o rabo,
Expresso o sentimento de amor, por você.
Se ele pudesse falar, ainda diria:
- Entenda-me, por favor, não mordo ninguém,
Se for seu amigo, é meu também.
Mas o meu cão não fala.
Quando sente dor, dá um gemido e se cala.
Os seus olhos tristes, fitam a gente.
E não sei o que ele sente.
Meu querido cão, este poema,
Fiquei na dúvida, se faria ou não.
Fiz para você, que já se foi,
E ficou na saudade que trago no coração.



segunda-feira, 17 de março de 2014

Um dia perfeito!


O dia amanheceu nublado. Chovera muito durante a noite, porém, o cinza do dia não tirou a alegria dos amigos que se encontrariam para o almoço.

Passaram-se mais de 40 anos até que acontecesse o reencontro dos alunos da Escola Paroquial São Sebastião e do Colégio e Escola Normal Estadual de Suzano, o CENES.

Durante a manhã a chuva voltou, forte, aguardada porque o calor do verão estava  castigando a todos, porém, ao meio dia, o sol brilhou, o céu clareou e todos chegaram ao restaurante sem contratempos. 

Alguns vieram de outras cidades: Campinas, Pindamonhangaba, Brasília, o encontro foi cheio de emoção.

Abraços, lágrimas, sorrisos, movidos pela ansiedade guardada a espera desse dia. A alegria dos amigos era contagiante. 

Falaram de filhos, maridos, esposas, netos, trabalho, carreiras, viagens, experiências vividas fora de Suzano, todos falavam ao mesmo tempo, querendo saber tudo uns dos outros, recordando momentos vividos quando eram crianças.

Na Escola Paroquial, a postura da Irmã Inês, sempre autoritária, não admitia brincadeiras. As professoras Srªs. Lidia Martins, Alice Romanos, Luci Kowalski, Terezinha Pinheiro, Eunice, todas em memória, a Srª. Heleninha Bonilha. Todas foram mestras na Escola Paroquial, onde eles fizeram o curso Primário, hoje denominado Fundamental I.

Sairam da Escola Paroquial para cursar o Ginásio, hoje Fundamental II, no CENES. A turma foi separada e nas novas salas de aula, novos alunos, novos amigos.

Recordaram os professores do CENES, Sr. Missao, que ensinava Matemática, a Sra. Zélia, que ensinava Inglês, Sr. José Leal que ensinava Francês, que hoje não está mais no currículo escolar, Paulo Henrique e Bartolomeu, que ensinavam desenho e tantos outros, cada professor deixou em cada um uma lembrança diferente. 

Quando terminaram o Ginásio, separaram-se novamente, alguns foram para escolas técnicas, outros para escolas em outras cidades, mas guardaram na memória a lembrança dos momentos vividos naquela escola.

Lembranças evocadas nesse reencontro. Não sentiram o tempo passar, ficaram juntos por várias horas, matando as saudades e prometendo que se encontrarão dentro de alguns meses, procurando trazer outros amigos que não puderam estar presente neste dia.

As despedidas foram longas, abraços, trocas de e-mails, telefones, indicações para o facebook, e uma certeza: o tempo passou, todos ficaram mais experientes, mais maduros, mas conservaram a alegria juvenil que foi revivida neste encontro.

A natureza  brindou-os com uma bela tarde de sol, que transformou uma data tão importante, dia 8 de março, o Dia Internacional da Mulher, em um Dia Perfeito.

Cristina Cimminiello












A fotografia



Ela acessou sua página do facebook e nela estava postada uma foto dos tempos da escola primária, termo que não se usa mais, hoje se diz escola fundamental I.

Depois de alguns minutos a lembrança daquele tempo despertou recordações. Onde andariam as meninas? Estavam uniformizadas, a foto foi tirada no período de aula. 

Quanto tempo havia se passado? Trinta anos? Talvez mais. Naquela foto estavam sete amigas, mas havia outras. Recordou-se que havia guardado a fotografia da formatura do quarto ano primário. Meninas e meninos estavam sentados esperando para receber o diploma. Sérios, atentos, aguardando que fossem chamados para receber o documento que lhes permitiria continuar os estudos em outras escolas. 

Separou a foto e com receio de que as amigas não gostassem da publicação preferiu consulta-las: 

- Publique sim, quem sabe assim conseguiremos saber onde eles estão. 

- Concordo, poderemos tentar encontra-los para um almoço, o que vocês acham? 

Todas acharam a ideia ótima. Reuniram-se para um encontro inicial e divertiram-se lembrando das histórias daquela época. 

A publicação da foto com os outros alunos despertou o interesse de vários deles para se encontrarem e descobrir o que cada um havia feito depois da formatura. 

Alguns estão casados, outros separados, alguns com filhos, outros são avós. A alegria do reencontro movimentou os formandos de 1967 e os amigos que fizeram a partir desse ano. 

A cada convite, alguém mais é lembrado e o convidado se encarrega de trazê-lo para o encontro. 

O almoço está marcado. Os convidados estão todos confirmando presença, ansiosos com o reencontro. Amigos que hoje moram longe de Suzano também virão. Será um dia marcante na vida de todos eles. 

Em breve contaremos como foi esse reencontro, quantas histórias alegres, pitorescas, talvez algumas tristes, porém todas serão partilhadas por um grupo de amigos, que a vida um dia separou, para anos depois, mais experientes e seguros, poderem se reencontrar para matar as saudades. 

Cristina Cimminiello 



Bemvindos ao Sarau

Oi pessoal, é muito bom saber que vocês vieram participar do meu sarau.